09 de maio de 2019
Novas ferramentas e tecnologias têm nos ajudado na tarefa de fazer gestão de pessoas. Sistemas com inteligência artificial nos ajudam a recrutar os melhores candidatos e já sugestionam os melhores caminhos frente a muitos problemas. Processos mais ágeis, intuitivos e colaborativos contribuem para que tenhamos acesso à informação ou possamos fazer algumas tarefas com mais facilidade. Existem muitas ferramentas que otimizam nossas atividades operacionais e aquelas que ainda não foram automatizadas, possivelmente, em um curto espaço de tempo, serão.
As novas tecnologias, que estão cada vez mais presentes nas nossas vidas e facilitam vários de nossos processos, estão chegando na área de gestão de pessoas e vão revolucioná-la em um curto espaço de tempo. A tecnologia vai tornar muitos processos mais ágeis, automatizados, mais simples e intuitivos. Outros elementos que possivelmente logo farão parte dos processos de gestão de pessoas, são os sistemas e processos colaborativos em que os gestores e os colaboradores podem participar e contribuir ativamente. Todas essas mudanças vão nos ajudar a fazer gestão de pessoas, já que possibilitarão a existência de ferramentas e processos que irão facilitar o atendimento das demandas do setor. Talvez a tecnologia substitua o tradicional setor de Recursos Humanos que tem um papel operacional; uma vez que ele tem como função principal instrumentalizar a organização com processos e ferramentas para fazer gestão de pessoas. Um setor de gestão de pessoas operacional, assim como todas os demais setores e funções operacionais, serão reinventados pela tecnologia.
Ok, essa é a realidade dos fatos e estamos caminhando nesta direção, mas será que realmente não teremos mais pessoas na gestão de pessoas? Fazer gestão de pessoas é muito mais do que estruturar processos e ferramentas. Bons processos e ferramentas facilitam a gestão de pessoas e, em grandes empresas, podemos dizer que são imprescindíveis, mas essa é só uma parte. A outra parte são as pessoas, e, pressupõe um olhar mais próximo , sensibilidade, percepção, empatia, flexibilidade e liderança e as máquinas ainda não possuem essas competências.
Fazer gestão de pessoas é conseguir avaliar e entender uma pessoa de tal forma que seja possível direcioná-la para que ela desempenhe uma função alinhada com seu perfil e potencial. Trabalhar com o ser humano exige uma sensibilidade para lidar com a falta de padrão de comportamento e do sentimento do homem, a falta de previsibilidade, a distância entre o potencial e a realidade da capacidade de entrega de resultados. Fazer gestão de pessoas é estar perto para identificar as dificuldades e poder direcionar, dar suporte para que a pessoa consiga fazer melhor. É ter sensibilidade para perceber que alguém não está bem e ter o cuidado de fornecer um espaço de acolhimento, é também estar perto o suficiente para saber o momento certo para desafiar a dar o próximo passo.
Acreditamos que a tecnologia vai nos ajudar muito, mas também acreditamos que seres humanos, precisam ser entendidos e tratados como seres humanos. Muitos dos desafios da área de gestão de pessoas são antigos e passam justamente pelo fato de tratarmos seres humanos como máquinas, acreditando que nas relações humanas 1 + 1 é igual ao resultado matemático. Fazer gestão de pessoas começa na compreensão de que cada pessoa percebe e reage às coisas de modos diferentes e isso precisa ser considerado para que os melhores resultados sejam alcançados. A tecnologia vai nos ajudar a realizar a parte operacional do setor e vai exigir dos gestores que eles de fato façam gestão de pessoas, não mais para executar processos, mas para impactar no outro pelas relações e para isso é necessário estar presente.
Acreditamos que um dos maiores benefício das tecnologias 4.0, passa por elas assumirem tudo o que pode ser automatizado, aquilo que é operacional. Assim, restará aos gestores de pessoas a responsabilidade de serem humanos lidando com outros seres humanos. Neste sentido, o desafio não será mais treinar para padronizar comportamentos ou ações, mas desenvolver para pensar e criar, encorajar para inovar, ter resiliência para aprender com o erro, ter flexibilidade para conviver e trabalhar com o diferente, ter segurança para enfrentar o novo e mudar constantemente, conseguir liderar pelo exemplo, mesmo quando não está presente fisicamente e, principalmente, ter empatia e inteligência emocional para acolher todos os sentimentos que esses novos cenários vão gerar.
Pessoas criam a realidade do mundo, fazer gestão de pessoas é desenvolver e empoderar as pessoas para criarem uma realidade melhor para si e para os outros zelando por relações interpessoais positivas neste processo. Cada vez mais a gestão de pessoas vai estar nas relações e menos nos processos. Com o auxílio da tecnologia, os processos serão ferramentas e não a finalidade em si; porque o objetivo principal vai estar nas pessoas.
Texto Lidiane Bertê
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